sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Nova Série: Eu fui!

Bom, vou tentar escrever pouco, mas acredito que será difícil falar pouco sobre o “time of my life”. Sobre a experiência que mudou a minha vida.

Em agosto do ano passado resolvi fazer o work andtravel usa, e tinha muitas dúvidas sobre onde ir e que tipo de programa fazer. Quando me inscrevi era “independent” e iria pra Las Vegas, mas acabei ficando com medo da crise e mudei o meu programa, saindo do Brasil com um emprego. Depois de mais dúvidas, resolvi ir pra Orlando, sozinha. Trabalhei no Orlando World Center Marriott, o maior Marriott do mundo, com 2003 quartos. O hotel era realmente o máximo mesmo, enorme, com restaurantes, piscinas e o centro de convenções. Mas nem tudo são flores...

Fui contratada como recreation staff, o que para mim seria ótimo, iria trabalhar com recreação que é a minha área, faço educação física. Porém, chegando lá, percebi que o recreation, não era tão recreation como eu imaginava, e com certeza isso vai acontecer com muita gente, ir com uma expectativa e acabar se decepcionando. Na realidade o hotel tinha um escorregador de água, e o que a gente tinha que fazer era cuidar para que as crianças não fossem todas de uma vez. Ou seja, organizar uma fila. Nada atrativo para um trabalho. Mas na realidade era bem divertido. Na verdade todo mundo que trabalhava como recreation staff ficava o dia todo em volta das piscinas, super tranqüilo. Lembrando que a Flórida é a Bahia dos EUA, o clima é super agradável.

Resumindo eu trabalhava no water slide, era food running, levava comida da cozinha até o bar da piscina, arrumava o deck, colocando cadeiras no lugar, recolhendo toalhas sujas e repondo limpas. Também trabalhei no Activitie Center, cuidando das crianças e arrumando a piscina interna, dando chaves de armários e organizando algumas atividades recreativas para os hospedes. E ah!!! Até limpei banheiro e tirava o lixo, que eu odiava, me recusava a fazer no começo, coisas que nunca faria no Brasil. Aliás, terão muitas coisas que nunca faria no Brasil e lá vira rotina... não falando só de trabalho, mas festas, saídas, mas já é outra história...

Trabalhar na piscina foi um grande aprendizado. O nosso grupo de brasileiros era composto de 12 pessoas, conheci todos lá, e morávamos todos no mesmo condomínio. Cada uma foi para um setor do hotel, e na piscina haviam somente 3 brasileiros, que por sinal, raramente trabalhavam nos mesmos horários. O que foi ótimo pro meu inglês!! Que melhorou 100% pois era obrigada a falar, e a ouvir, e até atender o telefone, que era meu pesadelo no início, mas no final do programa virou totalmente normal.

Todo o pessoal da recreação era ótimo!!! Amei todos eles, me ajudaram muito em tudo, eram engraçados, e quando estava trabalhando ria o tempo todo. Eu pedi pra que me corrigissem quando falava errado, o que ajudou muito no inglês, eles me ensinaram várias gírias, expressões e, é claro, palavrões... A equipe era grande, cerca de 30 pessoas, e grande parte tinha a minha idade (24), entre 21 e 29 anos . Então saímos para barzinhos e algumas festas juntos.

Falando em festas, sai muito em Orlando, chegava a sair 6 a 7 dias por semana, e raramente gastava alguma coisa, e se gastava era pouco. Entrava nas baladas de graça, bebia de graça e sempre me diverti. Ah, se você é menor de 21 anos, e pensa em fazer tudo isso em Orlando, vai esquecendo, lá não entra em lugar nenhum com menos de 21, e se entrar, não pode beber! O que foi um problemão pra galera do meu grupo, alguns deles não podiam sair. Pois eles conferem a identidade em tudo, tudo mesmo, não é como no Brasil. Várias pessoas ficaram desapontadas, e um menino voltou um mês antes porque ele disse que não tinha o que fazer em Orlando, além dos parques.

Falando em parques, fui a Disney cerca de dez vezes e paguei uma única vez, e ainda foi menos da metade do preço. Isso mesmo, com o tempo os contatos vão aparecendo... Aliás, nunca paguei para ir a nenhum parque em Orlando, e fui a Universal, no Sea World, no Bush Gardens em Tampa... e outros menores... sempre consegui ingressos, mas na realidade eu era bem cara de pau!! Coisa que aconselho a todos: usem a cara de pau de vocês, vale a pena! Só no que economizei nos parques já paguei a minha viagem...

Em relação ao dinheiro, ninguém do meu grupo guardou dinheiro, depois fiquei sabendo através da agência, que o pessoal de Orlando foi o que menos conseguiu fazer isso no ano passado. Porém, as experiências, e tudo o que fizemos lá valeu a pena. Ganhávamos pouco, cerca de 7 dólares a hora e tivemos alguns problemas com o sponsor... A nossa casa era 100 dólares por semana, tinha três quartos, sendo uma suíte e morávamos em seis no apartamento. Que tinha tudo, e tudo novo. O condomínio era ótimo, com piscina, academia, quadras e bem localizado, fácil de pegar ônibus pra ir pra qualquer lugar da cidade.

Nos days off, sempre íamos aos outlets, e lá tudo e muito mais barato que aqui, roupas, calcados eletrônicos. Além de ir aos parques e de vários outros lugares. Orlando tem inúmeras opções! Mas você só vai saber disso se sair do mundinho dos brasileiros e tentar se misturar com outras pessoas.

Aliás, o meu intercambio foi muito diferente do meu grupo, eu saia quase todos os dias, fui a vários lugares, conheci gente do mundo inteiro, e meu inglês melhorou muito em conseqüência disso tudo. Para alguns do meu grupo, que ganhavam o mesmo salário, tiveram as mesmas oportunidades, não foi a mesma coisa. Foi o oposto. Realmente teve muita coisa que deu errado, mas acredito que a diferença está em como você vê as coisas. Eu via tudo como uma oportunidade, e foi o que aconteceu. Tive várias oportunidades...

Amei o meu intercambio em todos os sentidos, e mesmo quando estava triste, estava feliz. Viajei pela Florida, e fui para Nova York, New Jersey e Philadelphia e conheci pessoas maravilhosas! Alguns amigos foram pra Las Vegas, Colorado, outros optaram em comprar “horrores”...

Gostei tanto de tudo que resolvi ficar, pedi uma extensão e fiquei em Orlando ate julho deste ano. Nesse período várias outras coisas aconteceram. Confesso que não queria ter voltado e está bem difícil me readaptar ao Brasil, mesmo estando aqui a quase dois meses.

Acredito que cada um faz o seu intercambio, não importa pra onde você pretende ir, cidade grande, pequena, fria, ou a maravilhosa Flórida! As coisas só acontecem quando nós deixamos acontecer, é incrível isso, sou a prova do quanto as coisas foram atípicas para mim em relação ao resto do meu grupo. Sempre que precisei de algo, algo aconteceu!

Espero que todos “façam” um ótimo intercambio. E vivam tudo intensamente, como eu vivi.

Fernanda - contato: fer_nandac@yahoo.com.br

13 comentários:

  1. oláá. Sempre acompanho blog , e acho realmente MUITO BOM. Mas eu tenho uma duvida. Será que tem algum estado que nao precise ter 21 anos para ser considerado maior de idade? Ou isto é uma lei federal ?

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  2. Olá Anônimo. Se você estiver visando as baladas, sem dúvida alguma o ideal seria você ir com 21 anos. Até hoje não conheci nenhum estado americano que permitisse a entrada de menores de idade em boates, devem ter excessões, mas de um modo geral é isso mesmo.

    Leandro

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  3. vou fazer um post de um típico brasileiro aqui hahhaha
    como bom brasileiro, eu sempre tentava contornar as leis tão severas que regem os EUA!
    Quando fiz o intercâmbio tinha 20 anos, logo não podia frequentar cassinos, boates, pubs...
    e o que eu fazia para contornar era mostrar a minha carteira de motorista em vez de meu passaporte! As pessoas ficavam super constrangidas de não saber aonde ficava a data de nascimento(pois a carteira é em português), e acabavam liberando a minha entrada! hahahha
    e tinha outra tmb... alguns conseguiam ver aonde ficava a data de nascimento, porém a data nos EUA é escrita mes/dia/ano e com isso alguns se confundiam!! heheheh
    mas tenho q falar q não tive sucesso em todas as vezes! em algumas baladas(poucas) não consegui entrar, e um dos maiores dramas que passei lá, foi que em las vegas fui pego apostando grana! E como na minha idade isso é ilegal, fui levado a delegacia, e no momento inicial teria que pagar uma fiança de 10.000 dólares!!
    Fiquei apavorado, mas como bom brazuca consegui enrolar o delegado, que ja havia frequentado o Brasil, e que se dizia simpatizante por brasileiros! hehehe
    Que susto! Mas no fim deu tudo certo! E o susto virou mais uma grande história! rs

    Abraços

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  4. Legal essa nova série do Blog, Leandro. Ouvir a experiência da galera é bem interessante, porque sempre tem alguma coisa a somar. Valeu!

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  5. valeu pela dica evandro, vou com 20 anos e vou precisar disso! haha

    uma pergunta, não posso nem comprar bebida no supermercado se ter menos de 21?

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  6. Obrigado GMF!
    Jean, é isso mesmo, até para comprar bebida você tem que apresentar a sua ID.

    Leandro

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  7. Flóóóórida, aaaaaaah flórida! Eu não consigo imaginar outro lugar pra eu fazer o meu! ótimo post!

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  8. Leandro, minha pergunta não tem muito a ver com o post, mas talvez você possa me ajudar: quero viajar pra Orlando, mas meu voo será pra Miami. de Miami pra Orlando, como seria melhor ir: avião, trem, ônibus, carro...?
    Valeu!

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  9. Olá pessoal, estou amando acompanhar o blog de vcs. Irei participar fazer o programa word and travel e estou super mega ansionsa. E sempre quando entro pra acompanhar os posts fico um pouco mais tranquila. rsrs
    Espero que vcs falem um pouco sobre a entrevista no consulado e dê dicas tb. Obrigada!

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  10. GMF, eu fiz exatamente esse percusso que você esta pensando em fazer. Fui de ônibus até Orlando mas não aconselho. Vá de trem ou, melhor ainda, avião. Você vai estar cheio de bagagens e o taxi acaba pesando nas despesas.
    Leandro

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  11. GMF,Quando fui para Orlando o meu voo fez uma escala em Washington e em seguida em Orlando. Não fiz esse percurso Miami-Orlando. Porém, fui para Miami de onibus e de carro e a viagem é de cerca de 4 horas. Sinceramente, assim como o Leandro, te aconselharia ir de avião, pois estará com toda a sua bagagem, irá gastar de taxi do aeroporto até a bus station e fora todo o transtorno e a questão da língua. Não se vc ja viajou, mas isso também complica um pouco na chegada. O avião é mais caro, mas questão custo-benefício compensa. E vc pode ainda falar com o seu agente de viagem, pq se não me engano, confirma com ele(a), tem direito a 1 stop, gratuito, em algum lugar dos EUA.
    Fernanda

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  12. Ao GMF.

    Eu fiz o trajeto Orlando-Miami também, e no meu caso foi por meio de um carro alugado!
    Se você for sozinho, creio que alugar um carro seja bastante caro, porém no caso de duas ou três pessoas ja compensa pelo custo-benefício! Pois o preço será o mesmo ou menor que o de um vôo, e com carro voce terá todo um conforto, poderá carregar sua mala facilmente, conhecer o lugar em que você se instalará, e entre outros!
    No último mês de visto eu viajei bastante pelos EUA, e uma forma de enxugar os custos foi fazer os trajetos mais curtos com carro alugado, o fato de eu estar com mais dois amigos ajudou bastante!
    Na minha opinião, foi bastante vantajoso para nós, pois gastamos bem menos e conhecemos muitos outros lugares que não daria pra conhecer se estivéssemos a pé! E no meu caso, o carro ajudou bastante tmb a procurar os lugares mais baratos na região em que eu estava, tanto em relação a acomodação, como comida, e diversos outros custos!
    Em cidades como Miami, alugar um carro por um dia sai quase o dobro do que pegar um taxi do aeroporto até Miami Beach. Logo, concluo que alugar é mais vantajoso, pois você tem um carro por um dia inteiro, podendo conhecer um pouco da cidade nesse um dia que te resta!
    AH! Mas não esqueça de alugar um carro com gps! Pois sem este fica complicado andar numa cidade desconhecida até então, né? rs
    Levante o máximo de informações possíveis e assim escolha o meio mais conveniente! Cada cidade possui custos diferentes! E é muito comum por lá vôos com preços promocionais!

    Abraços

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  13. Ferrr tava lendo seu post!!! Amei o alguns optaram em gastar horrores, e quem nao se divertiu naqueles outlets? hahahahahah O que eu tenho pra falar é que apesar do trabalho no Marriott ser uma m*, sempre vale a pena, a casa que moravamos era otima, Orlando é uma cidade divina, os amigos são inesquecíveis e os outlets tb. hahaahhah Dinheiro é bom, mas não é tudo, aprendemos a viver com menos (de algumas formas alternativas digamos assim), aprendemos a gastar pouco em viagens e assim fizemos do intercâmbio um experiência única!!!
    Beijosss, Carla Wilbert - a pizzaiola!!! haahuoahaiua

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